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O que é a Guarda Revolucionária e quem era Hossein Salami, comandante morto por Israel 3f6b4g

Apenas um dia antes dos ataques israelenses, Salami havia dito que o Irã estava 'totalmente pronto para quaisquer cenários, situações e circunstâncias' 5f1r4b

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jun 2025, 09h37

Ataques de Israel contra o Irã na noite de quinta-feira, 12, mataram, entre outras autoridades e cientistas nucleares, o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, confirmou a imprensa estatal iraniana.

Salami, de 65 anos, comandava desde 2019 a Guarda Revolucionária, organização armada mais poderosa do Irã, tendo sob seu comando 190.000 homens.

+ Ataques de Israel ao Irã mataram ao menos seis cientistas nucleares, confirma Teerã

Nome forte e ligado ao regime, o comandante estudou gestão de defesa no Exército e tinha voz proeminente dentro do programa nuclear iraniano. Em 2006, ele chegou a ser sancionado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas por envolvimento no programa de mísseis de Teerã.

Apenas um dia antes dos ataques, Salami havia dito que o Irã estava “totalmente pronto para quaisquer cenários, situações e circunstâncias”.

“O inimigo acha que pode lutar contra o Irã da mesma forma que luta contra palestinos indefesos sob cerco israelense”, disse ele. “Somos experientes e testados em guerras.”

Guarda Revolucionária 5t1e5s

O líder clerical do Irã criou a Guarda Revolucionária há mais de 40 anos, após a Revolução Islâmica de 1979, para defender o sistema islâmico do país e fornecer um contrapeso às Forças Armadas regulares.

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Enquanto o Exército do Irã guarda o território do país, a Guarda Revolucionária foi criada para proteger o próprio regime e hoje conta com mais de 190.000 militares da ativa e suas próprias forças terrestres, navais e aéreas. O grupo também supervisiona armas estratégicas do Irã, como é o caso de armas nucleares.

Como o grupo responde diretamente ao líder supremo, seu poder não é facilmente controlado por outras instituições. Acredita-se também que a Guarda Revolucionária controle cerca de um terço da economia iraniana por meio de uma série de subsidiárias e fundos fiduciários, segundo análise da emissora britânica BBC.

Ex-oficiais da Guarda Revolucionária continuam a ocupar cargos influentes no governo, no Parlamento e em outros órgãos políticos. Entre eles, estão o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad e o ex-presidente do Parlamento Ali Larijani.

Onda de ataques 1d5b5x

O ataque israelense à República Islâmica, que, segundo Tel Aviv, mirava instalações de enriquecimento nuclear, ocorreu poucos dias antes de autoridades americanas e iranianas participarem da sexta rodada de negociações sobre um acordo nuclear. Foi a maior investida contra a nação árabe desde a guerra Irã-Iraque na década de 1980.

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A agência de notícias estatal iraniana Tasnim informou que houve uma nova onda de ataques israelenses nesta sexta-feira contra um aeroporto militar na cidade de Tabriz, no noroeste do país. Ao mesmo tempo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez seus primeiros comentários sobre o episódio em uma publicação nas redes sociais, instando o Irã a chegar a um acordo com seu país “antes que seja tarde demais”.

“Dei ao Irã a oportunidade de chegar a um acordo. Disse a eles, nos termos mais fortes: ‘Apenas façam isso’. Mas não importa o quanto tentassem e o quão perto chegassem, simplesmente não conseguiram”, escreveu Trump.

Ele acrescentou: “Agora todos estão mortos e a situação só vai piorar, mas ainda há tempo para impedir esse massacre — antes dos próximos ataques, que devem ser ainda mais brutais. O Irã precisa chegar a um acordo. Apenas façam isso, antes que seja tarde demais. Deus abençoe a todos!”

Já foram realizadas cinco rodadas de discussões entre o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, e o enviado do presidente Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, sobre o acordo nuclear. Não houve, contudo, qualquer avanço concreto. O Irã se recusa atender à demanda americana de que abandone o enriquecimento de urânio, possível matéria-prima para bombas nucleares, e  envie para o exterior todo o seu estoque existente.

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Teerã também exige a remoção de todas as sanções dos EUA. Washington, por sua vez, propõe que as penalidades relacionadas à energia nuclear devem ser removidas em fases. Diversas instituições imprescindíveis para a economia iraniana, como seu banco central e a empresa nacional de petróleo, estão na mira americana desde 2018 por supostamente “apoiar o terrorismo ou a proliferação de armas”.

Desde que Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015, assinado durante o governo de Barack Obama e que limitava o enriquecimento de urânio em troca do alívio das sanções econômicas, o governo iraniano ou a acumular material em níveis próximos aos necessários para a produção de armas nucleares. O Irã alega que seu programa tem fins exclusivamente energéticos, mas países ocidentais desconfiam que esteja tentando desenvolver uma bomba atômica.

As notícias sobre os ataques fizeram os preços do petróleo dispararem 13% antes de reduzirem os ganhos, com o petróleo Brent, referência global, ultraando US$ 78 o barril em determinado momento.

Em declaração nesta sexta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu a operação como “muito bem-sucedida”, dizendo que o “alto comando, cientistas seniores que promovem o desenvolvimento de armas nucleares e instalações nucleares” foram atingidas. Ele também deixou claro que seu continuará a atacar o Irã “até que a ameaça seja removida” e alertou que a população israelense pode ter que ar “períodos muito mais longos em bunkers do que estávamos acostumados até agora”.

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Todos os olhares estão agora voltados para os próximos os do Irã e dos Estados Unidos, particularmente para o envolvimento de Washington neste conflito. O Departamento de Estado americano declarou que não esteve envolvido nos ataques de Israel, que o chefe da pasta, Marco Rubio, classificou como unilateral. Ele também instou o Irã a não atacar zonas de interesse ou funcionários americanos na região.

Teerã, porém, não vê dessa forma. O Ministério das Relações Exteriores do Irã alertou que responsabilizará Washington pelas consequências das ações de Israel.

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