Embaixada da França usa Lula e Macron para celebrar Dia dos Namorados: ‘amor não tem fronteiras’ d95f
'França + Brasil = Relacionamento sério há 200 anos', brincou nas redes sociais a representação sa no Brasil 2t4123

Se aproveitando dos memes nas redes sociais de que todas as fotos entre Lula e Emmanuel Macron parecem terem vindo direto de um álbum de casamento, a Embaixada da França no Brasil resolveu marcar o Dia dos Namorados, nesta quinta-feira, 12, com uma imagem do presidente brasileiro e do presidente francês.
“Feliz Dia dos Namorados. França + Brasil = Relacionamento sério há 200 anos”, diz uma arte colocada sobre uma foto dos dois líderes abraçados à frente da Torre Eiffel, iluminada com as cores da bandeira brasileira.
Na legenda da foto, a Embaixada da França brinca: “Como se diz em francês: « L’amour n’a pas de frontières. » (O amor não tem fronteiras). Neste Dia dos Namorados, celebramos não só o amor, mas também a amizade duradoura entre nossos dois países. Parceria, confiança, trocas culturais e muito carinho: essa relação só cresce com o tempo”.
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+ Em Paris, Lula cobra Macron e diz querer acordo Mercosul-UE em seis meses
Apesar da amizade entre os dois países e os dois líderes, Paris e Brasília têm divergências em torno de um tema importante — o acordo Mercosul-União Europeia.
Em discurso durante viagem à França no início do mês, Lula pediu que Macron “abra o coração” e dê apoio ao acordo comercial, dizendo que pretende fechar a parceria dentro de seis meses.
A França se opõe ao acordo Mercosul-UE em sua forma atual, seguindo o texto anunciado oficialmente em dezembro ado, após reunião de líderes dos blocos em Montevidéu, no Uruguai. Negociado há mais de duas décadas, o acordo a agora pelo processo de preparação para . Quando assinado, o acordo cria a maior zona de livre-comércio do mundo, abrangendo 780 milhões de pessoas, com um PIB somado de mais de 22 trilhões de dólares.
As negociações, louvadas pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, como uma “vitória para a Europa”, encontraram forte resistência da França, que receia que as importações agrícolas vindas da América do Sul impactem negativamente os fazendeiros do país. As ressalvas sas, no entanto, são criticadas pelos membros do bloco sul-americano (Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai) como forma de protecionismo europeu.
Para barrar o acordo, é necessário que ao menos três países da UE que representem mais de 35% da população formem uma minoria. A França teve apoio da Polônia (a Itália também demonstrou preocupações, mas com menos veemência).
Em contrapartida, uma coalizão de 11 Estados-membros do bloco europeu se colocou a favor do acordo, sob a liderança da Alemanha e Espanha, que pregam a formação de novas rotas comerciais para reduzir a dependência da China e a fim de criar alternativas ao oneroso tarifaço prometido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro.