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Ativista brasileiro detido em Israel foi ameaçado e colocado em solitária, diz esposa 4gi2u

Declaração acontece poucas horas após a assessoria de Thiago Ávila comunicar que ele retornaria ao Brasil entre esta noite e quinta-feira 256l1b

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 jun 2025, 14h36

O brasileiro Thiago Ávila, que estava no barco de ajuda humanitária interceptado por Israel, foi ameaçado e colocado em solitária enquanto aguarda deportação, anunciou Lara Souza, sua esposa, nesta quarta-feira, 11. Ela afirmou, com base em informações da advogada, que Thiago foi “separado de todos”. A declaração acontece poucas horas após a assessoria do ativista comunicar que ele retornaria, de maneira compulsória, ao Brasil entre esta noite e quinta-feira.

“Acabei de receber uma ligação da advogada de Thiago informando que ele foi colocado na solitária. Ele disse a ela que o ameaçaram de deixá-lo na solitária por 7 dias em um cela escura, pequena, sem ar, sem o a ninguém. A advogada disse que isso é ilegal e ele deve sempre poder encontrar com ela e que, se isso acontecer, ela irá levar à corte suprema. Mas foi feita essa ameaça”, disse ela.

+ Um dia após Greta Thunberg, ativista brasileiro detido em Israel será deportado

Greve de fome 1i6a4l

Na véspera, o Centro Jurídico pelos Direitos da Minoria Árabe em Israel (Adalah) afirmou que Thiago estava em greve de fome e água desde madrugada de segunda-feira, 9, às 4h no horário local (22h de  domingo em Brasília). O barco Madleen com doze ativistas e carregado de itens básicos humanitários com destino a Gaza foi detido no domingo, 8. Todos os seus tripulantes, incluindo Thiago e a sueca Greta Thunberg, foram rendidos e levados. Greta já foi deportada.

“Um dos ativistas, Thiago Ávila, anunciou que está em greve de fome e sede desde as 4 horas da manhã de ontem. Vários ativistas também relataram condições insalubres sob custódia do Serviço de Imigração e População (IPS), incluindo infestações de percevejos e o apenas a água da torneira imprópria para consumo”, disse a declaração do Adalah.

“Israel está tratando os 12 indivíduos como se tivessem ‘entrado ilegalmente’ no país — apesar de terem sido detidos à força em águas internacionais e transferidos para território israelense contra a sua vontade. Além disso, ontem, todos os doze foram informados de que Israel impôs a cada um deles uma proibição de entrada no país por 100 anos. As audiências foram realizadas ao longo de cinco horas hoje”, acrescentou o texto.

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+ ‘Preparado para o pior’: o que ativista brasileiro disse a VEJA antes de Israel interceptar barco

Entrevista de Thiago a VEJA 33i2n

Após dias sendo vigiada por drones, a embarcação com doze ativistas e carregada de itens básicos humanitários com destino a Gaza foi interceptada. Todos os seus tripulantes, incluindo a sueca Greta Thunberg, foram rendidos e levados. Entre eles, estava o brasileiro Thiago Ávila, coordenador internacional da Coalizão da Flotilha da Liberdade.

Com o barulho do mar ao fundo, Thiago conversou com a reportagem de VEJA na última quinta-feira, 5, sobre os perigos de levar um pequeno barco a vela lotado de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde quase toda a população enfrenta “risco crítico” de fome. Na ocasião, ele adiantou que não se surpreenderia diante do episódio que veio a cabo três dias depois, no domingo, e disse estar preparado para o pior.

“O maior perigo é um ataque, um ataque que Israel já fez há um mês contra o barco Conscience”, disse Ávila, em referência à embarcação humanitária atingida por drones israelenses na costa de Malta no início de maio. “A gente sabe que Israel tem poder para isso. Mas eu garanto que se Israel nos ataca, se nos prende, se nos faz mal, em pouco tempo a gente vai ter uma nova flotilha, não com duas pessoas, mas com 120 ou com 1.200 pessoas.”

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“São quatro grandes cenários: ser derrotado no porto pela guerra burocrática; chegar próximo e ser interceptado, sequestrado, levado para Israel e depois deportado; ataque direto, como já aconteceu há um mês e há 15 anos; ou chegar em Gaza, cumprir a missão humanitária e depois retornar para conseguir trazer ainda mais alimentos em outra viagem”, continuou. “Nossa equipe é treinada para saber responder bem a essas situações de emergência. De longe, um ataque é o pior cenário. Estamos preparados para o pior.”

 

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