Cultura

Dia dos Namorados: 7 ótimos livros para suspirar e presentear o seu amor 3k2h3w

Confira dicas de obras recentes que mergulham em relações afetivas diversas e prendem do começo ao fim 562av

Por Bárbara Bigas 11 jun 2025, 08h00

Dia dos Namorados embalado pela literatura - (//Getty Images)

O amor romântico talvez seja o tema mais perene da literatura, se manifestando em histórias inspiradoras de amores que ultraam barreiras intransponíveis — e também em relações que deram errado ou que se modificaram e deram lugar a novos sentimentos. Para este Dia dos Namorados, equipe de cultura da revista VEJA preparou uma seleção de livros que celebram o amor, refletindo sobre seus diversos tipos, seus desafios, belezas, encontros e desencontros.

Oração para Desaparecer, de Socorro Acioli (Companhia das Letras, 208 págs.) 454s3j

Em Portugal, uma mulher surge de dentro da terra e é salva por um casal de idosos. Ela não se lembra de nada e precisa recomeçar sua vida no país, enquanto constrói a nova identidade. Sua história vai se conectar a de Joana, uma jovem brasileira com fortes raízes culturais e religiosa no vilarejo onde vive no Ceará, que vive uma paixão avassaladora por um homem que lá se instalou por causa dela. O romance repleto de reviravoltas será adaptado em uma série de TV.

‘Oração para Desaparecer’, livro da mesma autora de ‘A Cabeça do Santo’ (//Divulgação)

Beleza e Tristeza, de Yasunari Kawabata (Estação Liberdade, 288 págs.) 5y6u6f

Em um dos romances mais aclamados do Nobel de 1968, o casal Oki e Otoko tiveram um relacionamento amoroso no ado: ele era adulto, ela, ainda adolescente. O caso deu frutos, mas a jovem perdeu o bebê, um dos motivos que levou ao fim da história de amor e inspirou Oki a escrever um livro sobre a garota. Anos depois, ele viaja para Kyoto para celebrar o Ano-Novo e reencontra Otoko, agora mais velha, vivendo uma vida diferente. O tempo, agindo profundamente sobre os personagens, traz desafios novos a essa relação, narrada com o toque que atiçam os sentidos, típico de Kawabata.

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Capa do livro — “Beleza e Tristeza”, de Yasunari Kawabata, vencedor do Nobel de Literatura de 1968 (Estação Liberdade/Reprodução)

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Ao Meu Amor Serei Atento, de Vinicius de Moraes (Companhia das Letras, 104 págs.) 6l13e

Celebrando o Dia dos Namorados, a Companhia das Letras lança essa reunião de poemas de Vinicius de Moraes, um dos escritores mais românticos da literatura nacional. Os poemas da antologia ilustram todas as fases de um romance, desde o início proclamado pelo flerte até as separações inevitáveis.

A imagem é a capa do livro — “Ao meu amor serei atento”, de Vinicius de Moraes, um dos lançamentos de junho da Companhia das Letras (Companhia das Letras/Reprodução)

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A Namorada de Sandro, de Camila Sosa Villada (Tusquets, 83 págs.) 482f1y

A escritora argentina deu vida aos textos de A Namorada de Sandro depois de terminar seu primeiro relacionamento, com o único homem que tinha apresentado aos seus pais. Sob o véu dos “mistérios do amor travesti”, como descrito na sinopse deste livro, Camila Sosa Villada, que é uma travesti, amplia suas vivências e as transforma em contos que retratam inúmeras formas de amor, escritos essencialmente em um momento de fragilidade de sua vida.

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Nadando no Escuro, de Tomasz Jedrowski (Astral Cultural, 240 págs.) 1l21b

Na Polônia dos anos 1980, Ludwik vai para um acampamento agrícola para terminar a universidade. Lá, ele conhece Janusz, um homem charmoso e irado por todos. De início, os dois iniciam uma amizade, mas logo Ludwik percebe um sentimento diferente tomando conta de si. O romance entre os dois é intenso e arrebatador, mas logo as diferenças de personalidade e expectativas para o futuro entre Ludwik e Janusz começam a surgir, em um momento político e social em que a liberdade sexual e afetiva era fortemente reprimida.

Sobre a Loucura de uma Mulher, de Astrid Roemer (Companhia das Letras, 248 págs.) 122428

Em pouco mais de uma semana — 9 dias, para dizer com exatidão — Noenka notou os comportamentos abusivos do homem que tinha acabado de se casar, Louis. Ela então toma a decisão de se divorciar dele, mas ele se recusa. A mulher então só enxerga uma saída possível: fugir da cidade interiorana onde vive, no Suriname, para ir viver na capital Paramaribo. Lá ela tem sua primeira paixão por uma mulher, Gabrielle, enquanto tenta equilibrar sua sobrevivência com a vontade de encontrar conforto no amor, em uma Suriname pós-colonial e com feridas da colonização holandesa ainda abertas.

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Paixão Simples, de Annie Ernaux (Editora Fósforo, 64 págs) 1t1k4v

Dona de uma das mais belas prosas da literatura, a autora sa e vencedora do Nobel fez um relato sucinto e ardente de uma experiência pessoal, de quando, divorciada e mãe de dois filhos crescidos, ela se apaixonou por um homem casado. Seu modo de descrever a paixão é poético e arrebatador, assim como a agonia de lidar com o sentimento incontrolável em uma relação longe de ser ideal.