Depois de três horas de depoimento, Cid deixa PF em Brasília 4a4c3p
Um mandado de prisão chegou a ser emitido contra Cid, mas foi logo revogado pelo Supremo 1b4y

Depois de três horas de depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília, o delator Mauro Cid deixou há pouco o lugar acompanhado de seus advogados.
Cid foi levado a depor, depois de ter sido alvo de um pedido de prisão e de mandado de busca autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes na investigação que envolve um suposto plano de fuga para fora do país a partir da obtenção de um aporte português.
Um mandado de prisão chegou a ser emitido contra Cid, mas foi logo revogado pelo Supremo. Não há, até o momento, uma explicação oficial para essa decisão.
A PF prendeu, nesta sexta, na mesma investigação que levou Cid a depor, o ex-ministro Gilson Machado, que comandou o Turismo na gestão de Jair Bolsonaro.
A investigação constatou que familiares de Cid já haviam deixado o Brasil e se estabelecido nos Estados Unidos, país que virou refúgio de bolsonaristas na mira do STF. Cid, segundo os investigadores, poderia usar um eventual aporte português para também fugir do país, o que motivou a operação da PF.
Depois de ser preso, o ex-ministro negou envolvimento no suposto plano de fuga de Cid.
“Não matei, não trafiquei drogas, não tive contato com traficante. Apenas pedi um aporte para meu pai, por telefone, ao Consulado Português do Recife”, disse Machado.
Além do suposto plano de fuga, investigadores iriam interrogar Mauro Cid sobre as mensagens reveladas por VEJA em que o delator aparece usando uma rede social para se comunicar de forma clandestina com interlocutores. Cid negou ao ministro Alexandre de Moraes, na segunda, que tivesse desrespeitado as medidas restritivas impostas pelo magistrado. As mensagens provam que Cid mentiu no depoimento, quando tinha a obrigação de dizer a verdade, e que desrespeitou regras previstas no acordo de delação.