Mais uma herança do papa Francisco é a forte fiscalização das contas do Vaticano, que resultou no sólido desempenho financeiro do Instituto para as Obras de Religião (IOR) em 2024, permitindo que o papa Leão XIV receba as contas no azul. Conhecido como o “Banco do Vaticano”, o IOR é uma instituição financeira da Santa Sé fundada em 1942 pelo papa Pio XII, com a missão principal de custodiar e istrar bens destinados a obras de religião e caridade. Sob a liderança do papa Francisco, que reforçou recentemente o papel do IOR como gestor exclusivo do patrimônio mobiliário da Santa Sé, o banco registrou um lucro líquido de 32,8 milhões de euros — um crescimento de 7% em relação a 2023 — e um índice de capital Tier 1 de 69,43%, demonstrando uma base patrimonial robusta. O banco geriu 5,7 bilhões de euros em ativos, e teve seu balanço aprovado sem ressalvas por auditoria externa e pelo Conselho de Supervisão. A Comissão Cardinalícia autorizou ainda a distribuição de 13,8 milhões de euros ao Santo Padre para obras de caridade e religião.

O IOR oferece serviços financeiros como coleta de depósitos, custódia de títulos, gestão patrimonial, transferências internacionais e pagamento de emolumentos e pensões para o clero, funcionários da Santa Sé e do Vaticano, além de entidades católicas e corpos diplomáticos. Alinhado à Doutrina Social da Igreja, o IOR continua a expandir seus serviços bancários e de investimento, atendendo mais de 12 mil clientes em mais de 110 países, consolidando-se como referência financeira internacional.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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