Relâmpago: Revista em Casa por R$ 9,90
Imagem Blog

Mundialista 642223

Por Vilma Gryzinski Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Se está no mapa, é interessante. Notícias comentadas sobre países, povos e personagens que interessam a participantes curiosos da comunidade global. Este conteúdo é exclusivo para s.

Chegou o momento que estremece o Oriente Médio. Israel agiu certo? 2f6b2p

Entre um inimigo moral que tem bombas nucleares e uma arriscadíssima operação, em termos políticos e militares, israelenses optam por atacar g2n5r

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 13 jun 2025, 08h08 - Publicado em 13 jun 2025, 06h44

Durante mais de vinte anos, os comandantes políticos e militares – e o resto do país também – discutiram se deviam atacar as instalações nucleares do Irã onde se gestavam as bombas nucleares que mudariam o equilíbrio estratégico do Oriente Médio. E mesmo entre os militares não havia consenso. Desfechar um ataque sem apoio dos Estados Unidos, então, parecia inconcebível. O 7 de outubro de 2023 tornou viáveis muitas coisas inconcebíveis.

Leia mais: Israel bombardeia o Irã e mata os dois principais líderes militares do país

Qualquer outro país na posição de Israel teria motivos para atacar: o Irã prega a destruição do Estado judeu desde a revolução dos aiatolás, financia todos os seus maiores inimigos e teceu uma rede de mentiras facilmente detectáveis para enterrar nas profundezas de montanhas em vários pontos do país as sofisticadas instalações de um programa nuclear nada secreto.

Israel, no entanto, não é qualquer país: está enfrentando um extremo desgaste na sua imagem por causa da guerra de Gaza, que não provocou, mas também não tem como travar sem o terrível ônus das vítimas civis e da destruição em larga escala da infraestrutura do território sob controle do Hamas. O mundo provavelmente se divide entre os que odeiam os judeus, os que odeiam os judeus mais do que nunca por causa de Gaza e os que entendem a complexa rede de motivos que cerca os atos do país, mas nem sempre concorda com os métodos e o timing.

Da última vez que bombardeou o Irã, em outubro do ano ado, Israel contou com o apoio dos Estados Unidos, além do Reino Unido e da França, para erguer uma muralha protetiva que não deixou nenhum míssil ou drone causar estragos significativos.

JANELA DE OPORTUNIDADE 286u

Dessa vez, Israel está sozinho. E não limitou os bombardeios, feitos por aviões que têm que viajar mais de quatro mil quilômetros de ida e volta, com reabastecimento no meio do caminho, às instalações nucleares. Vários dos principais comandantes militares e cientistas nucleares do Irã foram alvo de bombardeios cirúrgicos, aparentemente contra suas casas, quando dormiam durante a madrugada. O mais importante, no papel, era Mohammad Bagheri, comandante do estado-maior das Forças Armadas. Mas o mais poderoso era Hossein Salami, comandante da Guerda Revolucionária.

Continua após a publicidade

Leia mais: Israel mira alvos nucleares e militares no Irã e declara emergência

Quanto tempo levarão os ataques mútuos, poderão se tornar um conflito aéreo generalizado e irão os Estados Unidos ser arrastados para uma guerra do tipo que Donald Trump não queria? As próximas horas trarão algumas respostas, embora não todas. O Irã ameaçou várias vezes bombardear bases americanas no Iraque e outros países do Oriente Médio se fosse atacado por Israel.

Outra pergunta fulcral: como ficarão as relações com os Estados Unidos. Donald Trump insistiu muito que preferia um acordo com o Irã em lugar de uma guerra em que “morrem pessoas”. Mas ele mesmo se declarou mais pessimista sobre o futuro das conversações. Mesmo sem a participação americana, dificilmente um ataque seria lançado sem combinar com os Estados Unidos..

Segundo fontes israelenses, o confronto agora iniciado pode durar semanas. Os motivos para Israel desfechar agora o ataque cogitado durante décadas – e sabotado por vírus eletrônicos e assassinatos de cientistas nucleares – são a iminência da produção de até quinze artefatos nucleares e a janela de oportunidade. Esta constituída por múltiplos elementos. O Irã ainda não havia conseguido refazer a rede de mísseis antiaéreos colocada para proteger as instalações nucleares. Também estava estrategicamente enfraquecido com a “perda” da Síria, onde sustentava o regime derrubado e tinha uma plataforma vantajosa, além do enfraquecimento dos aliados do Hezbollah, no Líbano, e do Hamas, em Gaza.

Continua após a publicidade

DRONES INFILTRADOS 241e2v

O ataque contra o Irã foi planejado durante muitos anos, mesmo quando, politicamente, era considerado indesejável. Incluiu elementos audaciosos característicos das ações israelenses, como a quase inacreditável instalação de uma base de drones dentro do território iraniano, perto de Teerã, numa infiltração comandada pelo Mossad. Também foram infiltrados veículos levando armas para neutralizar sistemas antiaéreos, deixando o caminho livre para os bombardeiros israelenses.

A capacidade de infiltração do Mossad num país extremamente hostil sempre foi facilitada, obviamente, por agentes internos. Ficou clara com o assassinato de Ismail Hanieh, morto com uma bomba colocada debaixo de sua cama em 31 de julho do ano ado, quando foi a Teerã para a posse do novo presidente, uma humilhação sem tamanho para o regime iraniano.

A guerra agora está numa escala infinitamente maior. Fontes americanas fizeram vários vazamentos nos últimos dias sobre o ataque e Benjamin Netanyahu ontem fez uma referência bíblica no Muro das Lamentações, citando o Livro dos Números na agem em que diz: “Eis que o povo se levantará como leoa, e se erguerá como leão; não se deitará até que coma a presa, e beba o sangue dos mortos”.

Continua após a publicidade

Os primeiros lances do leão foram espetaculares: a destruição das instalações nucleares de Natanz, as mais conhecidas, e a interceptação dos drones disparados pelo Irã contra Israel.

Isso, obviamente, é apenas o começo.

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única digital

Digital Completo 633723

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo 3u1t59

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 32,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.