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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

Brasil

Ministério vai investir R$ 400 milhões em municípios com crises hídricas 4oy5m

Pasta das Cidades, de Jader Filho, promete ajudar 776 municípios que enfrentam problemas com a falta de água 58663b

Por Matheus Leitão SEGUIR SEGUINDO 11 jun 2025, 09h00

Na imagem, a represa Jaguari, do Sistema Cantareira, marca baixo nível de água, na cidade de Vargem, a 88 km da capital, São Paulo. A crise hídrica tornou-se histórica no estado de São Paulo e vem sendo utilizada como campanha política durante as eleições 2014 — Sistema Cantareira, marca baixo nível de água, na cidade de Vargem, a 88 km da capital, São Paulo (Sebastião Moreira/EFE)

Para reduzir o risco de novas crises hídricas estruturais no campo, o ministro das Cidades, Jader Filho, assinou uma portaria liberando R$ 400 milhões para atender 776 municípios que enfrentaram crises hídricas. A ação tem o objetivo de evitar crises como as ocorridas nos últimos anos.

No Norte, o Município de Santa Isabel do Rio Negro (AM) enfrenta seca severa há um ano. Na região, houve a dramática a situação enfrentada pelo conhecido ponto turístico nacional – Alter do Chão (PA) – praia banhada pelo rio Tapajós, que atingiu níveis críticos em dois anos consecutivos. O rio marcou apenas 91 cm em 2024, o menor patamar desde 1995

Barcelos (AM) também viu recuo dramático da superfície hídrica do rio Negro. No Sudeste, Barretos (SP) decretou estado de emergência após quatro meses sem chuva. No Nordeste, Paratinga (BA) e Chapadinha (MA) registraram barragens secas e emergência hídrica.

A meta da iniciativa é ampliar as políticas preventivas. Onde há, por exemplo, investimentos contingenciados para a construção e manutenção de encostas e drenagem, a ideia é garantir o contínuo à água, incluindo no meio rural.

De 2023 a 2025, os aportes federais em saneamento somam quase R$ 40 bilhões — entre públicos e privados — e a avaliação é de que só uma aderência permanente de estados, municípios e setor privado garantirá que o país não volte a depender da chuva — ou da sorte.