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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

Como Alexandre de Moraes se transformou no principal alvo do golpe 6o662n

Ou… nome inegociável da obsessão golpista 4d3q5h

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jun 2025, 15h29

 

Entre as tantas revelações no Supremo Tribunal Federal sobre a tentativa de ruptura democrática, uma frase de Mauro Cid se destacou: na revisão da minuta do golpe, Jair Bolsonaro manteve apenas um nome entre os alvos de prisão. Alexandre de Moraes.

“Ele enxugou o documento. Basicamente, retirando as autoridades das prisões. Somente o senhor [Moraes] ficaria como preso”, afirmou Cid.

Com ironia contida, Moraes respondeu: “O resto foi conseguindo um habeas corpus.”

Esse gesto, mais simbólico do que estratégico, revela o que parte do bolsonarismo fez com a figura do magistrado: transformou-o em projeção de todos os seus ressentimentos.

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Moraes ou a ocupar um papel central não apenas na estrutura jurídica que investiga os ataques à democracia, mas no imaginário de um grupo que viu na responsabilização legal um ato pessoal.

O ministro, por sua vez, manteve a postura institucional que se espera de um integrante da Suprema Corte. Mesmo diante de críticas — algumas técnicas, outras ideológicas — não reagiu com gestos exagerados.

Durante toda a oitiva, agiu com sobriedade, o que apenas reforçou sua autoridade simbólica que estava abalada diante de várias críticas recebidas recentemente – algumas delas, internacionais, algumas nacionais, como desta coluna.

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Cid relatou que não havia uma organização coesa por trás da tentativa de golpe, mas sim indivíduos que levavam sugestões ao presidente. Apesar dessa dispersão, todos convergiam para um mesmo nome como obstáculo.

Havia também pressão de militares da ativa para que Bolsonaro decretasse estado de sítio. Em meio a esse cenário de instabilidade, a única decisão concreta atribuída a Bolsonaro foi manter o nome de Moraes como alvo na versão final da minuta.

Essa escolha reforça a leitura de que não se tratava apenas de um plano político, mas de um gesto pessoal, direcionado — e simbólico.

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Até onde se sabe, Alexandre de Moraes não buscou protagonismo político. No entanto, foi alçado a esse papel por aqueles que se tornaram seus adversários.

Transformou-se, para parte da extrema direita, no principal freio institucional a seus impulsos. E é justamente por isso que, num plano que agora se vê como mal estruturado e improvisado, sua prisão foi a única ideia que sobreviveu ao caos.

O golpe não aconteceu. A minuta ficou no rascunho. Mas o episódio revelou a lógica de um projeto que confundiu adversários com inimigos, e a Constituição com obstáculo. Moraes resistiu — não como antagonista político, mas como magistrado que se manteve em seu papel.

E por isso mesmo virou o único nome que, para seus opositores, não podia sair impune — mesmo que todos os outros fossem riscados da minuta.

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